DEUS é o inefável. Nenhum princípio o conhece, nenhuma autoridade, nem dependência, nem qualquer criatura desde a fundação do mundo. Pois ele é imortal e eterno.
Ora, ele é eterno, não tendo nascido, pois todo aquele que nasce, perecerá. Ele não foi gerado, não tendo princípio, pois tudo que tem um princípio, tem um fim. Já que ninguém o governa, ele não tem nome, pois quem quer que tenha um nome é a criação de um outro. Ele é inominável, não tem forma humana, pois todo aquele que tem forma humana é a criação de um outro. Ele tem a aparência de si mesmo não como aquela que vocês viram e receberam, mas uma aparência estranha que supera todas as coisas e é superior ao universo.
Ele olha para todos os lados e vê a si próprio a partir de si mesmo. Como é infinito, é eternamente incompreensível. É imperecível e não tem semelhança a qualquer coisa. Ele é o imutável bem. É sem falhas. Eterno. Abençoado. Apesar de ser incognoscível, sempre conhece a si mesmo. Ele é imensurável. Insondável. É perfeito, não tendo defeito. Ele é imperecivelmente abençoado. É chamado Pai do Universo.
Ele abarca inteiramente as totalidades, enquanto que nada o abarca. Pois ele é todo mente. E é pensamento, consideração, reflexão, racionalidade e poder.
O Senhor do Universo não é chamado Pai, mas Antepassado. Porque o Pai é o início ou princípio daqueles que vão aparecer, mas ele o Senhor é o Antepassado sem início. Olhando-se dentro de si mesmo num espelho, ele se parece com sua própria semelhança. Esse é o Deus Verdadeiro.
(Do Texto: A Sophia de Jesus)

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